Cinco presas do Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF), localizado no Km 8 da BR-174, que liga Manaus a Boa Vista (RR), promoveram um motim na tarde desta quarta-feira (6). O motivo seria a chegada da mãe de uma bebê de sete meses, que foi estuprada no dia 31 de agosto deste ano, por volta das 14h30, em um quarto do Chateau Motel, situado na Rua São José, bairro Corado, Zona Leste da capital.
De acordo com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), o motim teve início durante o banho de sol. Três agentes de socialização da Umanizzare, empresa co-gestora da unidade prisional, foram mantidos reféns pelas presidiárias do pavilhão 1, que cobriram o rosto com panos para se proteger da fumaça após atearam fogo em vários colchões.
As presas não aceitavam a chegada da peruana Gisela Fernández Tarrillo, 24, que é mãe de uma bebê estuprada em motel pelo próprio namorado e pai da criança. Após a repercussão na imprensa local e nacional, as detentas se manifestaram com desejo de Justiça com as próprias mãos.
O motim mobilizou policiais militares da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam), Força Nacional, Corpo de Bombeiros e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A negociação para a libertação dos reféns foi intermediada por um representante da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil do Amazonas (OAB-AM).
Por volta das 18h, as internas se renderam e os reféns foram liberados. Conforme a Seap, as presas envolvidas serão colocadas no isolamento como forma de punição administrativa e as reivindicações durante as negociações serão estudadas para melhorias na convivência e estruturas.
Por equipe Diário Manauara