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Polícia

Caso Clisia: Polícia Civil de Extrema colobora com investigação

A vítima foi encontrada morta com mãos e pés amarrados em uma represa, no município de Piracai (SP)

Caso Clisia: Polícia Civil de Extrema colobora com investigação

Equipes policiais e representantes do Governo do Amazoans (Foto: Divulgação)

As investigações sobre morte de Clisia Lima da Silva, 35, avançam para concluir o inquérito policial. A Delegacia de Polícia Civil de Extrema, no sul do estado de Minas Gerais, sob a coordenação do delegado Lucimário Carmo dos Santos, está colaborando com a Polícia Civil do Estado de São Paulo (PCSP).

Ao longo de quinta-feira (07), a autoridade policial de Extrema recebeu as equipes da Delegacia de Polícia Civil de Piracaia, que tem como titular o delegado Luiz Carlos Ziliotti, então, responsável pelas diligências sobre o crime de feminicídio, além de representantes do Governo do Estado do Amazonas.

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O caso

O corpo de Clisia foi encontrado na manhã de quarta-feira, 30 de outubro deste ano, em uma represa do rio Jaguari, no município de Piracaia. A vítima estava seminua com mãos e pés amarrados. A identificação da mulher ocorreu no dia seguinte com a contribuição do jornalista Josemar Antunes.

Horas depois, em posse de informações que se tratava de feminicídio, o esposo da vítima, Edson Fernando Sales Cardoso, 36, foi preso em uma de suas residências, localizada na rua 22 de Maio, bairro Centro, em Extrema. A prisão temporária foi cumprida por uma equipe policial de Bragança Paulista. O principal suspeito do crime segue preso em Piracaia.

Perícia

Procedimentos de perícia no imóvel do suspeito de feminicídio (Foto: Divulgação)

Na terça-feira (5), o imóvel onde Clisia morou com Edson Fernando passou por perícia. A Polícia Técnico Científica de São Paulo procedeu atividades periciais nas dependências da casa, constatando, por meio do composto químico luminol, a presença de sangue humano que havia sido lavado na tentativa de obstar o conhecimento pela polícia.

Segundo o delegado Lucimário Carmo dos Santos, na residência havia diversos móveis e eletrodoméstico, supostamente, danificados por parentes da vítima, que também teriam ameaçado, com uma faca, a irmã do investigado. Diante das evidências, foi instaurou inquérito policial.

Central de monitoramento (Foto: Divulgação)

Finalizando, as autoridades policiais e seus agentes compareceram à central de monitoramento por câmeras de Extrema, onde restou apurado, por intermédio da gravação de inúmeros vídeos, o “mapa” ou trajeto utilizado pelo autor, em seu veículo, para transportar a vítima da residência até a represa.

O laudo médico ao exame de corpo de delito constatou que a vítima suportou múltiplos ferimentos, em diversas partes do corpo, e que foi arremessada no açude com as mãos e pés amarrados, caindo na água em decúbito ventral, ainda com vida.

A motivação do crime ainda foi esclarecida pela polícia de Piracaia, e deve concluir após a conclusão dos exames do Instituto de Criminalística (IC) de São Paulo.