Manaus – Após tirar brincadeira com uma criança venezuelana, José Henrique Lima Dias, 26, conhecido como “Benozinho”, foi executado com oito tiros na madrugada deste sábado (19), no beco Bragança, na rua Ambrósio Aires (antiga rua da Cachoeira), no bairro São Jorge, na Zona Oeste de Manaus.
Segundo testemunhas, que preferiram anonimato por medo de represálias, José Henrique foi surpreendido por dois homens em um rip-rap. Na ocasião, Plínio, vulgo “Cazuza”, efetuou os disparos à queima-roupa contra a vítima, que caiu no córrego e atingido com mais tiros.
Durante a ação, Bruno Fernandes, chamado “Macaquinho”, ficou na entrada do beco fazendo vigilância. O autor usava chapéu de cor marrom, camisa com mangas longas e calça jeans. Há um mês, “Cazuza” jurou que mataria José Henrique antes do Natal por conta da brincadeira com um menino de nacionalidade venezuelana.
Mesmo sob o medo, alguns moradores relataram que José Henrique fazia parte da facção criminosa Comando Vermelho (CV), onde atuava como “aviãozinho” do tráfico de drogas. A polícia não descarta a suposta brincadeira com a criança, mas também atribuiu para uma suposta dívida da vítima com os parceiros apontados como autores do crime.
A polícia informou que José Henrique também era usuário de drogas e tinha passagens por tráfico. Ele estava há quatro meses em liberdade. A região é dominada pelo CV, inclusive, algumas casas foram pichadas com a sigla da facção criminosa de origem carioca.
O corpo foi removido por uma equipe do Instituto Médico Legal (IML). A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) vai investigar o crime. Por conta da ausência do Estado e da Segurança Pública falida, vários assassinatos foram registrados na guerra entre brigas de facções criminosas que disputam territórios e cobram dívidas.