Familiares disseram que Marcelo era ex-presidiário e estava livre há três meses da prisão (Foto: Lucas Pereira/DM)
Seis homens armados invadiram o campo do Noroeste Futebol Clube, na Travessa 5 de Maio, no bairro Betânia, na Zona Sul de Manaus, e mataram o ex-presidiário Marcelo Vasconcelos Chaves, conhecido como ‘Baga’, 29, durante uma partida. A vítima, que estava jogando como goleiro, foi executado com oito tiros de pistola nove milímetros, na noite de quinta-feira (3). Outras quatro pessoas, entre elas o irmão e o primo de ‘Baga’, foram baleados durante a ação dos pistoleiros.
Segundo informações de policiais militares da 7ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), o crime ocorreu por volta das 18h28. O bando formado por seis homens chegou ao local em dois carros, de características não reconhecidas, e invadiu o campo de futebol atirando. Na ocasião, Marcelo foi atingido com oito tiros, sendo na cabeça, no braço, nas pernas e nas costas.
Além de ‘Baga’, o irmão dele, identificado como Luan Vasconcelos Chaves, 27, foi alvejado com um tiro no rosto, enquanto o primo, Silvio Alves Vasconcelos, 26, foi atingido com dois tiros, sendo um na perna e outro nas costas. As vítimas foram socorridas e levadas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Pronto-Socorro (PS) Dr. João Lúcio, na Zona Leste. Outros dois homens fugiram baleados e não foram identificados. Os pistoleiros deixaram o local sem serem reconhecidos.
Familiares informaram que Marcelo era membro da facção criminosa Família do Norte (FDN), e cumpriu pena por tráfico de drogas em um presídio da capital. Após deixar o sistema prisional há três meses, ‘Baga’ continuou comercializando entorpecentes na área dominada por outros traficantes. Os parentes atribuíram a morte do ex-presidiário ao traficante de drogas ‘Mano Caio’, que está preso em uma unidade prisional.
A perícia criminal do DPTC recolheu 13 cápsulas de pistola calibre 9 milímetros (Foto: Lucas Pereira/DM)
Os peritos criminais do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC) recolheram 13 cápsulas, sendo uma delas não deflagrada. O corpo de Marcelo foi removido para o Instituto Médico Legal (IML), na Zona Norte da capital para a realização de exames de necropsia.
Para a polícia, o crime tem relação pela disputa do tráfico de drogas. Nas paredes do campo de futebol há varias siglas e inscrições que enaltecem as facções criminosas da FDN e Comando Vermelho (CV). O caso será investigado pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), que irá usar imagens de câmeras de vigilância próximas ao local do crime para identificar os autores.
