A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo lançou na terça-feira (25), na capital paulista, a Iniciativa Global de Reabilitação em Câncer, com o apoio do National Institutes of Health (NIH) e em parceria com a Sociedade Brasileira de Medicina Física e Reabilitação (ABMFR). O projeto nasceu nos Estados Unidos, liderado pelo NIH e tem o objetivo de fortalecer a ação não somente entre os médicos e equipes de reabilitação, mas entre os pacientes, influenciando a análise da capacidade funcional e a melhoria da qualidade de vida.
O evento abre as discussões que terão prosseguimento no Simpósio Internacional da Iniciativa Global de Reabilitação em Câncer – Capítulo Brasil, durante o 3º Simpósio Paulista de Oncologia, que ocorre amanhã, na capital paulista.
De acordo com o diretor científico da Sociedade Brasileira de Medicinal Física e Reabilitação, o médico fisiatra Marcelo Ares, a ideia de trazer o projeto para o Brasil é importante porque as doenças neoplásicas já são realidade no país e, sendo possível diagnosticá-las e tratá-las, é preciso também atenção para a fase de reabilitação. “É preciso começar precocemente e é aí que entra toda a equipe coordenada pelo fisiatra. É preciso que se pense na saúde do paciente, qualidade de vida, custos de saúde. Nossa experiência mostra que a reabilitação diminui sequelas, reintegra o indivíduo e melhora a qualidade de vida”.
A secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, Linamara Rizzo Battistella, disse que, além de garantir que os pacientes de câncer tenham acesso aos serviços de saúde, é preciso que os serviços sejam de qualidade, se articulando entre eles. “Se estivermos todos alinhados, vamos construir protocolos padronizados, podendo comparar nossos resultados, que é o que nós queremos em saúde: estudar e entender quais são os mecanismos que dão maior eficiência, menor custo e melhores resultados em curto espaço de tempo.”
Segundo o diretor clínico do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), Paulo Roff, a iniciativa visa disseminar um trabalho que já é feito em outros centros de excelência, nos quais a reabilitação é incorporada desde o início do tratamento “É importante que seja feito, porque intervenção precoce traz resultados melhores a longo prazo, tanto em qualidade de vida como em reinserção na força de trabalho, como pessoa produtiva que pode viver a vida em todos os seus níveis.”
De acordo com Roff , no estado de São Paulo, há cerca de 140 mil novos casos de câncer todos os anos, com expectativa de cura de 60%. “Temos que trabalhar para que esse percentual de pacientes aumente e garantir que aqueles que enfrentaram a doença e conseguiram vencer a batalha possam se inserir em suas famílias e na sociedade, vivendo vidas completas”, falou. Segundo o diretor clínico do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), Paulo Roff.
Fonte: Agência Brasil