Um tribunal secreto dos Estados Unidos autorizou a realização de escutas telefônicas a Paul Manafort, ex-chefe de campanha do então candidato à presidência, Donald Trump, segundo informou hoje (19) a emissora de televisão CNN.
O tribunal, de acordo com uma das fontes que a CNN citou sob condição de anonimato, autorizou as escutas sob a Lei de Vigilância de Inteligência Estrangeira (FISA) em 2016, mas suspendeu a ordem por falta de provas.
No entanto, o FBI conseguiu uma nova ordem através da FISA e espiou Manafort até 2017, período em que Trump já era presidente e ambos se comunicavam, segundo as fontes da CNN. A emissora assegurou que o interesse do FBI em Manafort está relacionado aos seus contatos com autoridades russas.
Manafort está no centro da investigação do FBI e do Departamento de Justiça sobre a suposta ingerência do Kremlin na campanha presidencial americana, bem como os possíveis laços da campanha de Trump com autoridades russas, segundo a Agência EFE.
A investigação contra Manafort acontece mais de um ano depois da sua aparição em uma lista de pagamentos por meio de envelopes feitos pelo partido do presidente deposto da Ucrânia, Viktor Yanukovich, aliado da Rússia.
Seu aparição nessa lista foi também o motivo da demissão de Manafort como chefe de campanha de Trump, em agosto de 2016, com apenas dois meses no cargo.
Manafort também acompanhou, em junho do ano passado, Donald Trump Jr., o filho mais velho de Trump, em uma polêmica reunião com uma advogada russa que prometia entregar informação comprometedora sobre a então candidata democrata, Hillary Clinton.
Paul Manafort vem colaborando tanto com o Departamento de Justiça quanto com o Congresso nas investigações sobre as supostas ligações da campanha de Trump com o Kremlin.
Fonte: Agência Brasil