Após cancelarem o duelo na Arena da Amazônia, em Manaus, as diretorias de Flamengo e Fluminense sofreram um duro golpe, na noite de segunda-feira (3), após os primeiros telefonemas. O clássico marcado para quinta-feira (13), na Arena Botafogo foi o estopim para findar um relacionamento cordial entre as diretorias com interesses em comum contra a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj).
Mesmo com disputas naturais em campo entre os dois rivais, o entendimento era tranquilo fora das quatro linhas. Apesar do acordo envolvendo os clássicos do Campeonato Brasileiro deste ano, o pacto da relação foi rompido como combinado.
O tricolor fechava detalhes para mandar o jogo do returno em um estádio com divisão de cotas e torcidas. Por outro lado, o rubro-negro insistia que o confronto fosse fora do Rio, onde teria maioria nas arquibancadas. O time das laranjeiras ambicionava a partida para quarta-feira (12), já o rival almejava o duelo um dia depois, para contar com os selecionáveis Alex Muralha e Paolo Guerrero. Os impasses geraram discussões, já que o Flamengo exigiu tratamento igualitário ao Palmeiras na Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
A diretoria do Flamengo justificou que o time paulista conseguiu o adiantamento do confronto com o Cruzeiro, para o dia 13 deste mês, já que o atacante Gabriel Jesus estaria à disposição da seleção brasileira pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018.
A princípio o clássico seria na Arena da Amazônia, dia 12, a pedido do Fluminense, mas o Flamengo tentava mudar a partida para o dia 13 na CBF. Ao tomar conhecimento, a diretoria do tricolor definiu que não atuaria mais fora do Estado do Rio de Janeiro, pois teria menos torcida e faria uma distribuição de apenas 10% dos ingressos ao rival.
Daí, o Fluminense arranjou um aliado e deu o ‘troco’ para confrontar o Flamengo na gestão de Eduardo Bandeira Mello. Nos bastidores, o Botafogo, por meio de Peter Siemsen acertou a utilização da Arena da Ilha junto ao Carlos Eduardo Pereira, inimigo público do time da Gávea.
O mandatário alvinegro alegou na terça-feira (4) não ter mais condições de emprestar estádio por motivos técnicos. Por conta disso, a partida está indefinida e pode parar em Volta Redonda, onde o espaço será ocupado por 90% de tricolores contra 10% de rubro-negros. Ou seja, novamente fora do Rio.
A diretoria do Flamengo tem evitado discutir o embate publicamente, após a atitude de Peter Siemesen. O time rubro-negro lamentou a decisão do rival, mas vibrou com a realização da partida par ao dia 13, pois evitaria o desgaste da equipe com viagens longas e sem a presença dos selecionáveis. O tricolor chegou a comentar o episódio da reviravolta do clássico e passou a encarar o duelo como o ‘jogo da vida’.
Agora fica a expectativa como será daqui pra frente à relação entre as diretorias dos dois clubes e desdobramentos são esperados nos bastidores, já que os históricos rivais sonham com a administração do Estádio Mário Filho –, mais conhecido como Maracanã.