
Rebeca Andrade (Foto: Ricardo Bufolin/CBG)
O último domingo (25), foi de sentimentos contrastantes para a ginástica feminina do Brasil nas Olimpíadas de Tóquio. Rebeca Andrade fez grandes exibições na qualificação e garantiu a vaga em três finais individuais: no solo, no salto e também no individual geral, onde só teve pontuação menor que a estrela Simone Biles.
As boas apresentações de Rebeca Andrade também significam uma enorme superação. A ginasta já passou por três cirurgias de joelho, a última delas em 2019. Se as Olimpíadas tivessem sido disputadas em 2020, seria muito difícil que Rebeca chegasse aos Jogos – ela ainda precisava conquistar a vaga, já que o Brasil não conquistou a classificação por equipes. O adiamento acabou beneficiando a ginasta, que conseguiu se recuperar, conseguiu a vaga individual em junho e está em plena forma no Japão.
O primeiro show de Rebeca veio no solo. Ao som de “Baile de Favela”, a brasileira teve uma apresentação muito sólida e recebeu a nota 14.066, ocupando a quarta posição, logo atrás das norte-americanas Jade Carey (14.100) e Simone Biles (14.133), e da italiana Vanessa Ferrari (14.166).
“Fiquei feliz com a minha série. Posso melhorar algumas chegadas, mas trazer a cultura do funk para o outro lado do mundo foi incrível. No Pan (de Lima, em 2019), vi o tanto de gente que me assistia e torcia para mim. Acho que a gente está passando um momento tão difícil que um pinguinho de felicidade faz diferença”, disse Rebeca.
Essa será a primeira disputa de medalhas de Rebeca em Tóquio: a final do individual geral será na quinta-feira (29), às 7h50 (horário de Brasília). A decisão do salto será no dia 1º de agosto, às 5h, e a final do solo, no dia seguinte (2), no mesmo horário.
Além das três finais de Rebeca, a ginástica ainda conquistou a vaga na trave com Flavia Saraiva, que agora tentará acelerar sua recuperação, após machucar o tornozelo.