
A competição reuniu 18 equipes que representaram as seleções de diversos países (Foto: Anderson Silva/Sejel)
Alegria, brincadeira e descontração, mas acima de tudo muita competitividade, vão invadir o Ginásio Poliesportivo do Amazonas (antigo Arena Poliesportiva Amadeu Teixeira) na decisão do Grand Prix de Vôlei LGBT 2017, entre Espanha e Sérvia, neste sábado (30), às 20h.
A disputa do 3º lugar entre África do Sul e Nigéria abre a noite de pódios, às 18h, e promete reunir ao menos mil fãs do esporte e da comunidade LGBT. Os ingressos custam R$ 5 e estarão à venda na bilheteria do local, momentos antes da partida.
A competição, que durante toda a temporada conta com o apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel), reuniu 18 equipes que representaram as seleções de diversos países. As favoritas, Brasil e Nigéria, ficaram pelo caminho e abriram alas para a alegria de Espanha e Sérvia decidirem o título que vale R$ 1 mil.
“É a primeira participação da Sérvia no torneio e já chegou surpreendendo com uma vaga na final. Já a Espanha, vai para uma decisão pela terceira vez. Nas duas ela fez ‘a Vasco’”, contou o organizador da competição, Daniel Coelho, brincando com o rótulo de vice-campeão do time carioca, alegre por utilizar a Arena pela primeira vez em oito anos de disputa.
“É uma final inédita. Todo mundo esperava Brasil e Nigéria que são as potências do vôlei gay do Amazonas. É a competição das zebras. Mas estamos muito felizes por utilizar a Arena. O secretário de esportes da Sejel, Fabricio Lima, abriu as portas e estamos agradecidos por conta do poder público ajudar a crescer o nosso esporte. Antes não tínhamos esse apoio e tenho certeza que vai ser um grande espetáculo jogar no templo do esporte do Amazonas”, frisou.
Saque de alegria
Se a rivalidade é o sentimento predominante numa final, pode-se dizer que para esta o sentimento principal é da alegria. Característico do público LGBT, a irradiação de felicidade promete predominar. Mas antes da bola começar “a voar”, as equipes já se estudaram e prometem uma final bastante colorida.
“A Espanha é uma equipe que joga junto há muito tempo, tem um entrosamento muito grande e o forte deles é o conjunto. Mas vamos para cima. Final é final. Temos uma equipe com uma boa defesa, uma ótima bloqueadora e uma ótima atacante. Vamos para cima”, afirmou o meia de rede, Kleber Jesus, 26, conhecida no time da Sérvia como Barbie Eterna.
Se fosse no futebol, a Espanha seria conhecida como fúria, apelido dado pelos gramados do mundo. No vôlei LGBT, a equipe ficou sendo chamado por “as furiosas”, que não querem mais ficar com o caneco de prata. A meta agora é levantar e ostentar a medalha de ouro.
“Vamos fazer o impossível para que possamos levar esse título. Não vai ser fácil. Estamos diante de uma equipe que é uma potência, mas não vamos nos rebaixar. Eles têm uma defesa forte e temos que utilizar nossa bolas rápidas”, contou o meia de rede Ytalo Massulo, 28, conhecido como Havenna.
O Fresca do ano
O famoso prêmio do Grand Prix de Vôlei LGBT, ‘O Fresca’ – item que permite que um atleta tire sarro com o adversário a cada ponto – será conhecido no sábado. Ao que tudo indica, o favorito para ganhar a premiação é o jogador da seleção da França, Thiago Saldanha, 24.
Caso o favoritismo seja confirmado, será a sexta vez que o jogador conhecido como Bianchini ficara com o título. “Sou a melhor que grita, a melhor que faz o show para a arquibancada e estou defendendo o título de novo”, declarou.
Com informações da assessoria