“É o prêmio mais importante e que serve de inspiração para as Olimpíadas”. Com essa frase, o amazonense e atleta da luta olímpica, Felipe Santana, 17, revela pela primeira vez todo o sentimento depois da conquista do troféu de Destaque dos Jogos Escolares da Juventude 2016, recebido na cerimônia da principal festa do esporte do país: o Prêmio Brasil Olímpico, ocorrido na última semana, no Rio de Janeiro. Em Manaus, o atleta já se prepara para os treinos e novos desafios.
Lado a lado das principais feras do esporte do Brasil e do mundo, Felipe – que treina na Vila Olímpica de Manaus e recebe apoio do Governo do Amazonas por meio da Secretaria de Estado de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel) – viveu um dia de super-herói do esporte.
Escolhido pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para receber a premiação por ter conquistado cinco medalhas seguidas nos Jogos Escolares, uma prata e quatro ouros, o atleta jamais vai esquecer dos momentos vividos ao lado dos medalhistas olímpicos.
“Nem em sonho imaginava isso. Os medalhistas (de ouro) do vôlei de praia, Alisson e Bruno Schmidt, sentaram na minha frente, vi o Isaquias Queiroz (duas medalhas de prata e uma de bronze na canoagem) pedir a namorada em casamento quase do meu lado e isso é algo que não tenho como explicar. Saber que meu trabalho está sendo reconhecido no meio de tantas pessoas importantes para o esporte é gratificante”, comemorou Santana.
Com o Time Brasil em peso no evento, Felipe – que foi para a cerimônia ao lado da mãe Silvana Nascimento – passou a “vivenciar” o sonho olímpico ainda mais forte. O lutador acredita na conquista da vaga para a Olimpíada de Tóquio 2020.
“Como o discurso do nadador, Thiago Pereira, que aposentou, disse: ‘Todos nós somos capazes!’ Isso me dá um estímulo grande. Eu e minha mãe falamos que eles não são diferentes da gente. Vimos eles pela Tv e são pessoas super humildes, teve atleta que me cumprimentou sem saber quem eu era. Nós também somos capazes. É o prêmio mais importante e que serve de inspiração para as Olimpíadas. Agora em diante é batalhar para chegar lá (no Prêmio Brasil Olímpico) como atleta olímpico”, declarou o lutador, sem esquecer a saída do hotel para a Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, onde ocorreu o evento.
“Não tenho como descrever a minha felicidade de estar ao lado de pessoas que só via pela televisão. Um momento que nunca vou esquecer é a parte em que todos estavam reunidos antes de sairmos do hotel para o evento”, relembrou.
Ao lado da mãe no primeiro dia de treino depois da conquista do troféu, o jovem fez questão de agradecer a todos que o ajudaram desde a ida para o esporte, aos 11 anos de idade. “Tenho muitas pessoas que me incentivam e agradeço a todos eles. Não tenho como descrever minha felicidade”, afirmou Santana, acompanhado da mãe.
“Estou muito orgulhosa. Todo o sacrifício de acordar às 4h30 da manhã, de ver ele treinar até às 11h30, de ter que ir para a escola, ralar… hoje me sinto honrada. Acredito no futuro brilhante para ele. Acredito no futuro promissor do Felipe. Vou levar essa presença dele no prêmio Brasil Olímpico para a eternidade”, contou a mãe, Silvana.
O mérito é dele
O momento mais que único na vida do atleta também foi comemorado pelo cubano, Dagoberto Arbolaez, 63. O treinador é um dos principais responsáveis pelo crescimento técnico do atleta no esporte.
“Ele é quem fez tudo. Acho que todo o mérito é dele. Faço apenas 40% do trabalho, para os 100% ele precisa pôr os 60%. Acredito que em 2020 ele vai estar nos jogos Olímpicos, se continuar trabalhando do jeito que estar”, avaliou o treinador mostrando um semblante de orgulho.
Hora de treinar
Para que o sonho se transforme de vez em realidade, o menino de ouro da luta olímpica do Amazonas voltou aos treinos em busca da recompensa tão desejada: “É treinar duro, são de três a quatro horas de treinos diários com musculação, corrida e treino no tatame. Quero essa vaga nas Olimpíadas”, decretou.
Com informações da assessoria