Com a ideia de aumentar de 32 para 48 o número de seleções participantes, o presidente da Fifa, o suíço Gianni Infantino, manifestou nesta quarta-feira (31) a intenção de expandir a competição para outros três países do Golfo Pérsico além do Catar. Entre os objetivos da mudança está a tentativa de amenizar conflitos diplomáticos na região.
Atualmente, o país eleito como sede da próxima Copa sofre com sanções por suposto apoio ao terrorismo. Os bloqueios são feitos por seis países, entre eles três que Infantino sugere adicionar no mapa do Mundial: Arábia Saudita, Bahrein e Emirados Árabes Unidos.
Na atual programação para 2022, o Catar deve contar com oito estádios para as 64 partidas. Entretanto, caso o aumento de seleções seja aprovado, o número de jogos passaria para 80, exigindo mais espaços para receber a competição.
De acordo com Infantino, a Fifa consultou o emir do Catar sobre a liberação de partidas para outras nações. Para o presidente da entidade, a abertura poderia representar uma mudança na imagem dos conflitos. “Isso é algo que talvez passe uma mensagem bonita”, afirmou.
MUDANÇA NÃO SERIA EXCEÇÃO
Caso o aumento de países-sede da próxima Copa seja confirmado, o Mundial com mais de uma nação responsável não seria exceção. Em 2002, o campeonato foi disputado na Coreia do Sul e no Japão. Além disso, em 2026, Estados Unidos, Canadá e México já estão aprovados para realizarem o evento juntos.
Segundo Infantino, a união da América do Norte, que ocorreu enquanto os três países enfrentavam disputas comerciais, ajudou na negociação de um novo pacto, o que poderia ocorrer de forma semelhante no Golfo Pérsico. “Para mim, se existe a possibilidade (de compartilhar as partidas), se existe a possibilidade de pelo menos discutir, devemos tentar”.
Fonte: Estadão Conteúdo