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Educação

Governo lança pesquisa sobre o retorno das atividades nas escolas

Sem data de retorno definida, O intuito é ouvir a comunidade escolar para entender as preocupações e necessidades sobre a volta às aulas

O retorno às aulas presenciais ainda não está definido e depende da evolução dos casos e mortes pelo novo coronavírus no Amazonas – Foto: Cleudilon Passarinho

Mesmo sem data definida para o retorno das aulas presenciais, a Secretaria de Estado de Educação e Desporto iniciou, neste domingo (14), um momento de escuta da comunidade escolar. Com uma pesquisa direcionada para pais e os demais profissionais da educação, o objetivo é captar informações sobre o cenário pós-medidas de isolamento social e de suspensão das aulas presenciais. Desta forma, a secretaria pretende adaptar as mudanças pedagógicas e protocolos de Saúde à realidade da comunidade escolar. 

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Os questionários estão disponíveis no site da Secretaria de Educação (www.educacao.am.gov.br). Quatro questionários foram elaborados na plataforma Google Forms direcionados a diferentes públicos: pais e responsáveis; servidores administrativos; professores e pedagogos; e gestores. 

As pesquisas abordam a saúde física e mental da comunidade escolar, se houve falecimento na família, causado pela doença no período de isolamento, por exemplo. Para os gestores, pedagogos e professores, estão sendo levantadas, ainda, informações sobre as metodologias aplicadas durante o regime de aulas não presenciais, as atividades planejadas para o retorno às salas de aula e como a escola e o corpo docente podem dar suporte para os estudantes. 

A partir das respostas, a secretaria pretende desenvolver estratégias de atenção psicossocial e pedagógicas, segundo explica o secretário de Estado de Educação e Desporto em exercício, Luis Fabian Barbosa. “Existem recomendações gerais baseadas nos protocolos de Saúde que estão sendo seguidas no mundo todo, mas precisamos de um diagnóstico da rede estadual para saber como adaptar essas medidas para nossa realidade”, ressalta. 

Nesse momento, todos os esforços da pasta estão em reunir informações e definir estratégias em consonância com o que prevê o Conselho Nacional de Secretarias de Educação (Consed), que está trabalhando em diretrizes nacionais para os estados. Também serão incorporadas ao planejamento experiências internacionais, as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e diretrizes e recomendações de órgãos educacionais do Brasil e do mundo, como é o caso do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID); Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco); World Bank Group; e do movimento nacional “Todos pela Educação”. 

Protocolos de Saúde – Até o momento, as instituições e protocolos internacionais de Saúde defendem um retorno cauteloso, gradativo e escalonado às atividades presenciais, como forma de evitar um possível segundo ciclo da doença e preservar a integridade física e emocional dos estudantes e demais integrantes da comunidade escolar. Segundo Luis Fabian, a Secretaria de Educação pretende seguir essas orientações e, por isso, é tão importante ouvir a comunidade escolar. “Precisamos ter uma visão ampla do que as escolas vão precisar tanto em termos de infraestrutura como em termos pedagógicos. Por isso, é tão importante para nossa equipe ouvir toda a comunidade escolar”, afirma o secretário de Educação.

Seguindo os protocolos, já se sabe que a rede estadual de ensino deverá passar por uma série de ajustes e adequações que dizem respeito não somente à parte pedagógica, como também às questões infraestruturais de suas escolas. Dentre algumas dessas mudanças, reforçadas pelas autoridades em saúde e de educação, por exemplo, estão o aumento dos espaços entre as salas de aula; cancelamento de atividades em grupo; e, principalmente, a instrução e orientação aos pais, professores e estudantes sobre a importância de seguir os cuidados e recomendações para evitar a contaminação pelo novo coronavírus, dentre outros pontos.

Volta às escolas – O retorno às aulas presenciais ainda não está definido e depende da evolução dos casos e mortes pelo novo coronavírus no Amazonas.

*Com informações da assessoria