A busca por uma alimentação saudável aliada a uma gestão participativa têm trazido boas experiências à Escola Municipal Sérgio Alfredo Pessoa, no bairro presidente Vargas, Zona Sul de Manaus. A unidade que, a partir deste ano, passou a contar com a Educação Integral tem trabalhado com os alunos a importância da alimentação adequada e desenvolvido projetos com a participação da comunidade escolar.
Como os alunos permanecem o dia inteiro na escola, possuem três refeições diárias, que incluem frutas e a participação ativa dos pais dos estudantes na preparação das refeições. Mas, nem sempre foi assim. No começo do ano, muitos alunos não se alimentavam na escola por não gostarem de frutas ou saladas e, até mesmo porque os responsáveis desconheciam a qualidade da merenda escolar. Por isso, as famílias preferiam levar os filhos para almoçar em casa.
A diretora da unidade, Regeane Chaves, conta que resolveu abrir as portas da cozinha da escola para que eles pudessem ver como a alimentação era feita. Além disso, implantaram o projeto de horta escolar, no qual os alunos plantam e cuidam dos vegetais que estarão presentes nas refeições.
“Nós recebemos alguns pais na hora do almoço para ver como é feita a comida. Tínhamos crianças que não comiam e hoje já comem, que mesmo em casa só ingeriam líquido e hoje já comem sólido na escola. Tinha mãe que não queria que o filho almoçasse de jeito nenhum. Aí queria vir buscar o menino. Hoje, a realidade é diferente”, completa a Regeane.
Segundo a gestora, outra ação adotada foi passar a fixar o cardápio semanal do almoço no mural na frente da escola. Lá o pai pode verificar o que será servido e até mesmo conversar com a equipe da escola em relação a isso. Para Regeane, um dos principais fatores do trabalho sobre a alimentação escolar está em conscientizar os alunos sobre a importância de se alimentar bem. Além disso, é de vital importância adaptar as refeições aos alunos.
“Sabemos que não gostam de determinados gêneros, como a farinha láctea, por exemplo, mas fazemos uma vez ou outra e acrescentamos alguma coisa que eles gostem e assim conseguimos uma boa aceitação”, exemplificou.
Outra ferramenta utilizada para essa melhoria é o projeto da Horta Escolar que é desenvolvido pela professora de Ciências Naturais, Francisca Felisberto, que também é responsável pelo programa de iniciação científica da escola. Ela conta como os alunos se dividem no trabalho e a relação dos pais com o projeto.
“São todos os alunos do 1° ao 5° ano, do Ensino Fundamental. Os do 4° ao 5° ano são responsáveis pelo plantio. Do 1° ao 3° ano são responsáveis pela manutenção, pela limpeza ao redor, por regar em dois horários, de manhã e de tarde. Mas qual o objetivo principal? É a parte sustentável, que daí dessa horta virá um complemento para a alimentação deles. Os pais também são bem colaborativos. Essa semana eles vêm para fazer a parte do plantio da macaxeira”, explicou.
Adenor Nascimento, 32, é um dos pais que participam ativamente da vida escolar dos filhos. Ele, que tem um projeto de karatê na escola, conta como se sente em relação a essa abertura maior que a escola permite e à qualidade das refeições oferecidas aos seus filhos.
“Sou um pai presente na escola e acompanho a alimentação das crianças. Estou muito satisfeito, inclusive meus dois filhos estudam na instituição de ensino. A própria diretora convida os pais a vir aqui. Há um incentivo para que os pais entrem na escola”.
Com infromações da assessoria