×

Educação

Escolas particulares planejam acréscimo de 17% na mensalidade em 2017

Atualmente, 70 escolas são associadas, porém, apenas 200 instituições estão funcionando - foto: divulgação

Atualmente, 70 escolas são associadas, porém, apenas 200 instituições estão funcionando – foto: divulgação

Com o aumento da inflação e os dissídios coletivos, as instituições de ensino particulares de Manaus já iniciaram o planejamento do aumento das mensalidades para 2017, e que podem chegar até 17%.

Publicidade

As direções das escolas justificam o aumento do acumulado dos últimos 12 meses, com bases do Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) que soma 8,73%, o reajuste salarial dos professores e dos demais trabalhadores. Segundo os diretores, custos foram cortados para evitar o reajuste na mensalidade e posteriormente prejudicar os pais que estão em dificuldade financeira. Com o aumento, a mensalidade chega a quase R$ 300.

O Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado do Amazonas (Sinepe-AM), informou que as instituições de ensino devem montar uma planilha de custos, que necessitam constar outros quesitos, como por exemplo, as implementações pedagógicas, o percentual de reajuste aos docentes, já fixado em 8% até maio de 2017.

“O sindicato não tem título de fazer reajuste, mas tem permissão para orientar os associados sobre os direitos previsto na legislação pertinente do setor e que deve ser cumprida na formulação do preço da unidade”, explicou a presidente do Sinepe-AM, Elaine Souza Saldanha.

Atualmente, o sindicato tem 70 escolas associadas, porém, 200 instituições estão funcionando em Manaus e enfrentam dificuldades por conta da crise financeira do Brasil.

“Muitas escolas fecharam as portas, gerando uma inadimplência alta com média de 20% e 30% em algumas instituições”, explicou Elaine Souza Saldanha.

Saldanha ressalta que escolas devem ser cautelosas na hora de praticar o novo reajuste para não prejudicar os próprios clientes. “Quem regula o reajuste é o mercado, pois caso a instituição reajuste acima do que o cliente pode pagar, essa instituição corre o risco de ficar sozinha”, alertou.