
Uma pesquisa do Fórum Econômico Mundial aponta que, até 2030, as habilidades socioemocionais, como liderança, inteligência emocional e resolução de problemas, estarão entre as mais exigidas pelo mercado de trabalho.
No Brasil, o levantamento do Sebrae sobre educação empreendedora reforça essa tendência ao mostrar que jovens que recebem estímulos em empreendedorismo e finanças têm mais chances de inovar, empreender e conquistar espaço no mercado. Esses dados revelam um cenário em que a preparação vai além do conteúdo tradicional, exigindo novas formas de ensino capazes de formar cidadãos mais críticos, criativos e preparados para os desafios do futuro.
É nesse contexto que Manaus é uma das pioneiras na região Norte ao receber a Líder School, primeira escola voltada exclusivamente para crianças e adolescentes com foco em liderança, empreendedorismo e finanças. A chegada da instituição à capital amazonense representa não apenas uma inovação no setor educacional local, mas também uma oportunidade de reposicionar a Amazônia no mapa da educação nacional, mostrando que a região pode ser referência em metodologias disruptivas e formação de novas lideranças.
Segundo o treinador comportamental Bruno Sarmento, fundador da iniciativa, a inspiração para a escola veio da própria trajetória pessoal.
“A ideia nasceu da minha própria história, porque cresci em um contexto empreendedor. Não tive oportunidade de estudar em um espaço que unisse empreendedorismo, finanças e liderança de forma prática e acessível. Manaus receber a primeira unidade é simbólico e estratégico: mostramos que a Amazônia pode ser pioneira em inovação educacional, quebrando o paradigma de que apenas os grandes centros ditam tendências de ensino no Brasil”.
De acordo com Sarmento, a proposta da Escola é formar uma geração que comece cedo a desenvolver competências de alto valor. Para Sarmento, quanto mais cedo esse processo é iniciado, maiores são as chances de sucesso acadêmico, profissional e pessoal.
“Quem começa cedo sai na frente. Em um cenário competitivo, vence quem treina antes dos outros e quem treina mais. Aqui, liderança, visão empreendedora e inteligência financeira são tratadas como treinos contínuos, não como disciplinas isoladas”, afirma.
A metodologia aplicada busca romper com o modelo tradicional, em que o aluno é apenas espectador. Na Líder School, o estudante se torna protagonista da própria formação. “Nosso conteúdo é voltado para empreendedorismo, finanças e liderança, sem perder de vista a parte humana e emocional. Aplicamos gamificação: os alunos aprendem jogando, competindo e sendo desafiados. No ensino tradicional o aluno é espectador; aqui ele é protagonista da sua jornada”, pontua.
Além das competências técnicas, a escola dedica atenção especial às habilidades socioemocionais, cada vez mais reconhecidas como diferenciais no mundo moderno.“Mais do que aprender conceitos, os alunos vivenciam desafios de liderança em grupo, aprendem a negociar, lidar com frustrações e enxergar oportunidades. Queremos que eles saiam preparados academicamente, mas também com uma mentalidade resiliente e visionária”, destaca o especialista.
Metodologia prática e gamificada
Os resultados já começam a aparecer. Entre os exemplos citados por Sarmento, está o caso de um aluno que encontrou na escola o direcionamento necessário para transformar talento em resultados concretos. “Temos o caso do Arthur, um aluno superdotado que chegou sem clareza de como usar suas habilidades. Na Líder School, encontrou direcionamento. Hoje se destaca em comunicação e pensamento estratégico, já desenvolvendo projetos com impacto real. Quando unimos talento a método, o resultado é exponencial”, diz.
Outro ponto defendido pela instituição é a mudança na forma como a sociedade enxerga a liderança. Se antes ela estava restrita a cargos de chefia, hoje é entendida como uma habilidade aplicável em qualquer contexto.
“O conceito de liderança mudou. Não há mais espaço para chefes autoritários, mas sim para líderes que inspiram e servem. Mostramos às crianças que liderança está no cotidiano: em casa, na escola, no esporte e em qualquer carreira. Liderar é influenciar com propósito e impactar positivamente os outros”, orienta.
O desafio de ensinar liderança desde cedo esbarra em um sistema educacional tradicional ainda baseado na memorização e em métodos pouco práticos. A Líder School surge como contraponto a esse modelo. “Aqui não existe decoreba. O aprendizado é 90% prático. Isso mantém o aluno engajado e garante aplicação imediata do que aprende”.
O envolvimento da família é visto como essencial para o processo de formação. Pais e responsáveis são incentivados a contribuir no dia a dia com exemplos e atitudes que reforcem os valores da liderança.
“O maior exemplo vem de casa. Incentivamos os pais a praticarem escuta ativa, a delegar responsabilidades e promover diálogos sobre valores. Sempre lembro que o maior líder da história foi Jesus, que mostrou que liderar é servir.”
Com a proposta consolidada em Manaus, a Líder School já começa a olhar para novos horizontes. O plano de expansão busca levar o modelo educacional para diferentes regiões do Brasil. “Estamos formando uma geração preparada para empreender, inovar e liderar. Manaus é o ponto de partida, mas o reflexo será nacional. Já estamos em fase de expansão, com negociações em Santa Catarina e no Pará. O propósito é formar líderes em todo o Brasil e, futuramente, no mundo”, conclui.
Texto: LD Comunicação