Em um mercado de trabalho cada vez mais tecnológico e competitivo, a reciclagem de carreira tem se tornado uma estratégia importante para profissionais que desejam se reposicionar ou encontrar novas oportunidades. O termo se refere à ideia de reaproveitamento de habilidades e renovação de conhecimentos e consiste em revisar ou atualizar competências adquiridas ao longo da trajetória profissional, abrindo novas portas para formações complementares.
A falta de profissionais qualificados ainda é uma das principais dificuldades encontradas pelo mundo do trabalho. Em junho deste ano, o mercado brasileiro atingiu recorde de escassez de mão de obra. Duas em cada cinco profissões (40% das ocupações do Brasil) tiveram dificuldade de encontrar trabalhadores. O levantamento é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Coordenadora da Agência de Estágios do Centro de Ensino Técnico (Centec), Danielle Barbosa afirma que a busca periódica por novas formações gera efeitos positivos tanto para o mercado, que terá trabalhadores adaptados às novidades, como para o profissional, que poderá ter um currículo com maior destaque e mais chances de novas oportunidades.
“Muitas vezes, o mercado passa por transformações tão rápidas que as habilidades exigidas há alguns anos já não são suficientes. A reciclagem de carreira ajuda o profissional a se adequar às novas exigências e a se manter relevante”, explica.
Esse processo pode envolver desde a realização de novos cursos e treinamentos específicos na principal área de atuação profissional quanto em áreas correlatas. “Uma pessoa graduada em Relações Públicas, por exemplo, pode buscar uma formação técnica em design. Já um profissional técnico de estética que deseja abrir o próprio negócio pode realizar uma formação em administração, aprofundando o conhecimento sobre gestão”, comenta.
As possibilidades são diversas quando se trata de ampliar as habilidades profissionais. Um técnico em gastronomia, por exemplo, pode complementar conhecimentos com um curso técnico em nutrição. Já um técnico de refrigeração pode fazer cursos de elétrica ou eletrotécnica.
Quando se fala sobre formações complementares, um dos destaques fica para cursos na área de tecnologia, que tem modificado rapidamente o mundo do trabalho. O curso técnico em informática, por exemplo, pode contribuir para profissionais que utilizam computadores com frequência, como designers e arquitetos, que realizam parte do trabalho em softwares de modelagem 3D, edição de imagens e design gráfico.
“Alguns cursos de engenharia, como elétrica e civil, também utilizam softwares e podem trabalhar com automação de processos por meio de redes de comunicação. O conhecimento na área de informática pode ser uma boa opção para executar melhor os trabalhos”, afirma Danielle.
Aulas à distância
Um dos desafios enfrentados por profissionais que se interessam por novas formações é a dificuldade para conciliar o horário de trabalho com o de um curso extra. Felizmente, algumas formações já podem ser feitas à distância, com o horário de estudos sendo definido pelo próprio aluno.
“Algumas pessoas querem a formação técnica, mas não têm disponibilidade para aulas presenciais por terem trabalhos, aulas em outras instituições ou uma rotina domiciliar que exige muito tempo. Por esse motivo, o Centec lançou os cursos técnicos à distância. Como o aluno pode antecipar o conteúdo no seu próprio horário, a formação pode ser finalizada em até seis meses”, comenta.
A escola oferece os cursos EaD em Administração, Qualidade, Recursos Humanos, Transações Imobiliárias, Serviços Jurídicos e Segurança do Trabalho. Ainda há previsão de novos cursos à distância até o fim do ano.
“A carreira não é uma linha reta. Adaptar-se às mudanças e buscar novos conhecimentos pode ser o diferencial entre ser contratado ou não. A reciclagem de carreira coloca o profissional em um lugar de destaque”, finaliza Danielle Barbosa.
Com informações da assessoria