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Economia

Reforma trabalhista ajuda Previdência, diz Eurásia

Na avaliação da instituição, com a aprovação da reforma da Previdência as concessões deverão reduzir entre 5 e 10 pontos porcentuais os atuais 75% de benefício fiscal para 10 anos - foto: divulgação

Na avaliação da instituição, com a aprovação da reforma da Previdência as concessões deverão reduzir entre 5 e 10 pontos porcentuais os atuais 75% de benefício fiscal para 10 anos – foto: divulgação

A aprovação da reforma trabalhista é uma boa indicação para a perspectiva de aprovação pelo Congresso da reforma da Previdência, aponta o Eurasia Group. Na avaliação da instituição, ocorreu uma forte demonstração de força política do Poder Executivo. O Eurasia projetava uma aprovação da proposta na Câmara por um total entre 260 e 280 votos – o governo conseguiu a vitória com 296 votos contra 177.

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“Enquanto o número necessário para aprovar a reforma da Previdência é maior (308 votos), a votação relativa à reforma trabalhista ajudará o governo a identificar resistências dentro de sua base”, apontaram João Augusto de Castro Neves, Chirtopher Garman e Filipe Gruppelli Carvalho.

Na avaliação do Eurasia, as concessões deverão reduzir entre 5 e 10 pontos porcentuais os atuais 75% de benefício fiscal para 10 anos que o governo estima com a versão da reforma da Previdência do relator Arthur Maia (PPS-BA) ante a proposta original do Executivo.

Simbolismo

O placar da votação da reforma trabalhista foi bom mas não significa que vai ser fácil para o governo a votação da reforma da Previdência, disse ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, a economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif. “Teve barulho, bate-bumbo daqui e dali e no fim a reforma trabalhista saiu.”

Para ela, há muito simbolismo contra a reforma da Previdência, mas é uma mudança que precisa ser feita. “Acho que a oposição pode até, politicamente, não querer admitir que precisa fazer, mas é consenso de que o sistema precisa ser reformado.”

O economista do Banco Pine Marco Caruso afirma que o governo tem os votos necessários para aprovar a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, mas a margem é pequena. Com base em estudo do banco, em oito votações econômicas recentes na Casa, incluindo a da reforma trabalhista, Caruso calcula que a “base líquida” (quem efetivamente vota com o governo) é de 76%.

Essa proporção é próxima, diz, de 66%, que é a necessária para a reforma da Previdência passar. O estudo indica uma média de 315 votos a favor do governo. São necessários 308 votos para a reforma da Previdência ser aprovada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Estadão Conteúdo