Manaus (AM) – A Secretaria de Estado de Educação e Desporto realizou, nesta quinta-feira (4), a Chamada Pública Especial para Indígenas e Comunidades Tradicionais. Os gêneros alimentícios oriundos da agricultura familiar são destinados à alimentação escolar e, ao todo, 15 municípios do interior aderiram.
Nesta chamada, puderam participar agricultores de comunidades tradicionais, como os quilombolas, além de ribeirinhos. A inclusão deste público foi uma recomendação do Ministério Público Federal no Amazonas (MPF-AM), que integra a Comissão de Alimentos Tradicionais dos Povos do Amazonas (Catrapoa).
A presidente da Comissão de Chamada Pública, Ana Bentes, reforça a diversidade nos gêneros alimentícios e valorização da cultura e da comunidade. “O diferencial dessa chamada são os gêneros alimentícios como a beiju, o camu-camu, o pirarucu e os peixes frescos de água doce”, frisa.
Seguindo o mesmo procedimento da Chamada Pública Geral, durante o evento, os envelopes estavam lacrados e foram abertos após verificação por três testemunhas.
O representante da Gerência de Educação Escolar Indígena (GEEI) da Secretaria de Educação, Alcillei Neto, do povo Mura, do Baixo Madeira, destaca que esses recortes no fornecimento de alimentos beneficiam a população que antes não conseguiria participar.
“Essa Chamada Pública valoriza o que é plantado nas aldeias e é um direito nosso. Além disso, valoriza a maneira como as comunidades plantam e dá a oportunidade de ter um ganho que fica na própria comunidade, para que eles possam fazer uso do recurso entre as famílias indígenas. A cultura indígena é ligada à coletividade e, se beneficia um produtor, não beneficia apenas ele, mas também todos os outros”, pontua.
*Com informações da assessoria