
Presidente da AATEC, Wescley Ribeiro (Foto: Divulgação)
Com a transformação digital avançando em ritmo acelerado, cresce também a preocupação com a segurança digital. A Associação dos Profissionais de Tecnologia e Inovação (AATEC) tem intensificado suas ações para fortalecer a cultura de cibersegurança entre empresas, órgãos públicos e profissionais de tecnologia.
Segundo o presidente da AATEC, Wescley Rabelo, os desafios enfrentados atualmente pelas empresas locais são significativos. “Garantir que não haja invasões e ruptura de dados, implementar políticas internas corporativas e manter a visibilidade sobre os ativos de tecnologia são pontos críticos. No geral, a maturidade das empresas ainda é baixa e isso aumenta os riscos”, destaca.
Outro fator preocupante, segundo Rabelo, é a dificuldade de engajamento das equipes técnicas em relação às práticas de segurança. “É fundamental que os profissionais de tecnologia compreendam e se identifiquem com as ações de segurança dentro das empresas”, afirma.
Ações da AATEC no fortalecimento da cibersegurança
Para ajudar a enfrentar esses desafios, a AATEC tem realizado, ao longo do ano, treinamentos práticos, além de produzir conteúdos educativos nas redes sociais como LinkedIn e Instagram. A entidade também promove workshops, palestras e webinars, com foco na capacitação de seus associados e da sociedade em geral.
Educação tecnológica ganha força também no ensino médio
O fortalecimento da educação tecnológica também tem ganhado espaço em nível nacional. Está em discussão no Senado o Projeto de Lei 2.051/2025, que propõe a inclusão obrigatória de disciplinas como Inteligência Artificial, Programação e Cibersegurança no currículo do ensino médio.
A proposta busca preparar os jovens para os desafios da economia digital, formando uma geração mais qualificada para o mercado de trabalho e para as novas tecnologias. O projeto altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e reforça que a educação tecnológica é um motor de desenvolvimento econômico e de geração de empregos qualificados.
Para a AATEC, iniciativas como essa são fundamentais para criar uma base sólida de profissionais preparados para lidar com os desafios e oportunidades do cenário digital. “Precisamos começar a preparar os jovens desde cedo, para que o futuro da tecnologia na nossa região seja promissor e seguro”, reforça Rabelo.
Impacto da transformação digital e necessidade de regulamentação
O presidente da AATEC ressalta que, com a transformação digital acelerada, surgem novas vulnerabilidades e os processos mudam rapidamente. “É preciso entender que a internet não é uma terra sem lei, e que direitos e deveres precisam ser bem definidos. Criar políticas normativas, orientativas e regulamentadoras é essencial”, alerta.
Com o avanço de tecnologias como a Inteligência Artificial, a AATEC acredita que há espaço para o surgimento de startups especializadas em cibersegurança na região. “Ter empresas locais especialistas no tema permitirá que empresários da Amazônia não dependam exclusivamente de soluções de outras regiões”, avalia Rabelo.
Para a AATEC, a conscientização dos usuários finais – sejam colaboradores das empresas ou a população em geral – é o primeiro passo para o fortalecimento da segurança digital. “Esse é o marco zero. Tudo deveria começar por aí. Assim, as próximas medidas de segurança seriam mais facilmente aceitas no ambiente corporativo e os impactos de incidentes seriam menores”, reforça Rabelo.
Destaques do último webinar da AATEC
Em junho a AATEC promoveu webinar com a participação de um especialista da empresa Crowdstrike, referência mundial em cibersegurança. O evento abordou as principais tendências de ataques digitais, riscos associados a golpes por ligações telefônicas e casos reais de empresas afetadas pela falta de orientação aos funcionários.
“O objetivo foi mostrar que existe um problema gigante e que são necessárias ações enérgicas e controladoras para evitar danos maiores”, conclui Wescley Rabelo.
Recentemente, a AATEC firmou parcerias estratégicas com instituições de destaque para ampliar o alcance dessas ações. “Já realizamos workshops com empresas de renome. Este mês, assinamos uma cooperação técnica com a Uninorte, o Instituto de Inovação e Tecnologia do Amazonas (IITAM), Innyx Educação e a Venturus”, informa Rabelo.
Com informações da assessoria de imprensa*