Manaus (AM) – O prefeito de Manaus, David Almeida, deu início, nesta segunda-feira (16), no píer Manaus 355, à primeira etapa da operação “Estiagem 2024” com o envio de ajuda humanitária para aproximadamente 7.800 famílias afetadas pela seca do rio Negro.
Serão atendidas 43 comunidades, que receberão balsas carregadas com 100 toneladas de alimentos, 110 mil litros de água potável, 5.500 kits de higiene pessoal e 50 kits de tratamento de água, com bombas, caixas d’água, mangueiras de 100 metros e filtros, para a garantia de água potável, uma iniciativa inédita na operação deste ano.
De acordo com o prefeito, essa primeira etapa da operação vai assegurar o abastecimento das comunidades pelo período de dois meses. Uma operação, nos mesmos moldes, também será realizada para atender as comunidades rurais e ribeirinhas do rio Amazonas.
“Nessa ação voltada às comunidades do rio Negro, como o rio está descendo muito, vamos deixar mantimentos para dois meses, para os nossos irmãos ribeirinhos. Ou seja, serão duas cestas básicas. Caso necessário, a gente volta a fazer uma operação no mês de outubro. Portanto, é dessa forma que a gente está trabalhando para minimizar os efeitos dessa estiagem. Depois, a segunda etapa vai ser, na próxima semana, no rio Amazonas, com essa mesma estrutura”, informou o prefeito David Almeida.
O chefe do Executivo municipal destacou que essa operação ocorre quase um mês antes da realizada em 2023. Isso por conta da estiagem mais severa, com o rio Negro marcando 4 metros abaixo, em relação ao mesmo período no ano passado. Além de ajuda humanitária, a operação deste ano conta com o envio de caixas d’água e mangueiras para auxiliar os produtores rurais. A grande novidade, nessa operação, é o envio de filtros de água, que têm capacidade de garantir 10 mil litros de água potável por dia, com capacidade de eliminar 99% das impurezas.
Os mantimentos serão levados para duas bases. A primeira, na comunidade Livramento e a segunda, no Apuaú, segundo o prefeito. Triciclos da Secretaria Municipal de Segurança e Defesa Social (Semseg) também serão utilizados na operação para a entrega dos kits às famílias.
“O nível do rio Negro já entrou em situação de alerta. Em razão disso, as comunidades rurais ribeirinhas de Manaus estão passando muitas necessidades, no sentido de não conseguirem mais se locomover dentro de suas comunidades, porque os igarapés estão muito baixos. Então, a Prefeitura de Manaus vem com essa primeira onda de ajuda humanitária, para ser levada às comunidades do rio Negro, desde o rio Apuaú até o rio Tarumã-Mirim. A gente vai atender as comunidades dos rios Apuaú, Mipindiau, Aruaú, Cuieiras, Tarumã-Mirim. São 43 comunidades que serão atendidas neste primeiro momento”, explicou o secretário-executivo da Defesa Civil do município, Gladiston da Silva.
Coordenada pela Prefeitura de Manaus, a operação vai contar com a participação de oito pastas: Agricultura, Abastecimento, Centro e Comércio Informal (Semacc), da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), de Infraestrutura (Seminf), da Saúde (Semsa), da Segurança Pública e Defesa Social (Semseg)/Defesa Civil, de Educação (Semed), de Limpeza Urbana (Semulsp) e da Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Município de Manaus (Ageman).
Devido à estiagem, que se encaminha para ser uma das mais severas da história, o prefeito David Almeida assinou, na semana passada, o Decreto de Emergência na capital amazonense. O objetivo é facilitar a liberação e o uso de recursos do governo federal para atenuar o impacto da vazante dos rios na vida da população. A medida tem validade de 180 dias.