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Prefeitura faz visita técnica ao Centro e define ponto de atuação à cheia

O rio Negro atingiu a cota de 29,33 metros, subindo 3 centímetros em relação ao registrado na quinta-feira (6).

Ao menos 4 mil famílias afetadas serão atendidas pela prefeitura (Foto: Osmar Neto/Seminf)

Manaus (AM) – Liderados pelo vice-prefeito e secretário municipal de Infraestrutura, Marcos Rotta, os membros do Comitê Especial de Enfrentamento das Cheias Fluviais do Município realizaram, nesta sexta-feira (7), uma visita técnica ao centro da cidade para avaliar a situação da região e traçar estratégias para minimizar os impactos da cheia de 2021, possivelmente uma das maiores dos últimos anos.

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“Estamos hoje no Centro, concentrados para definir os pontos em que vamos atuar, devemos começar pela rua dos Barés e pela Barão de São Domingos. São ruas que já estão afetadas pela cheia. Em seguida, vamos estender essa ação, fazer aqui conscientização e trazer os órgãos municipais, para que, juntos, possamos minimizar os impactos da cheia”, explicou Rotta.

De acordo com o vice-prefeito, que é o presidente da Comissão, as ações não se limitarão à zona urbana. “O trabalho que estamos empreendendo na cidade de Manaus também levaremos para as comunidades rurais,  também muito afetadas pela cheia e há muito tempo esquecidas, sem receber os serviços da prefeitura e nem a devida atenção do Poder Público”, afirmou o vice-prefeito.

Nesta sexta-feira, o rio Negro atingiu a cota de 29,33 metros, subindo 3 centímetros em relação a ontem. Na mesma data, no ano passado, o rio estava com seu nível bem mais baixo e apresentava 27,12 metros. A expectativa do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) é de que as águas cheguem aos 30.34 metros em 2021.

Defesa

Conforme estimativas da Casa Militar, por meio da Defesa Civil Municipal, ao menos 4 mil famílias afetadas serão atendidas pela prefeitura, que ainda realiza o cadastramento da população atingida, porém as medidas preventivas vêm sendo antecipadas pelo Executivo municipal.

“Foram catalogadas aproximadamente 1,6 mil áreas de risco, que podem afetar, pelo menos, 4 mil famílias. Nós já atuamos na construção de pontes nos bairros mais afetados, que são Educandos, Mauazinho e São Jorge. A prefeitura se antecipou, e a Defesa Civil já atua minimizando os impactos da cheia que pode ser a maior dos últimos anos”, disse o chefe da Casa Militar, tenente William Dias.

Criado pelo prefeito David Almeida e presidido por Marcos Rotta, o Comitê Especial de Enfrentamento das Cheias Fluviais do Município é formado por representantes das secretarias municipais de Infraestrutura (Seminf); Limpeza Urbana (Semulsp); Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc); Saúde (Semsa); Casa Militar; Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb); Agricultura, Abastecimento, Centro e Comércio Informal (semacc); Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU) e Fundo Manaus Solidária.

Feiras

O titular da Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento, Centro e Comércio Informal (Semacc), Renato Júnior, disse que a cheia, além de causar prejuízos aos feirantes de Manaus, também tem prejudicado produtores, o que afeta diretamente a economia das famílias manauaras.

“Todos os anos a cheia não atinge apenas as feiras, mas também a produção rural, o que afeta diretamente nos preços da cesta básica. Nessas áreas fica difícil atuar, mas já estamos em contato com esse público e construindo as soluções necessárias. Também já montamos uma estratégia de ação para as feiras e áreas afetadas, onde serão construídas pontes. Também já suspendemos o tabelado da feira da Panair para garantir a funcionalidade do espaço”, explicou Renato Júnior.

Decreto

“Já estamos fazendo várias ações de prevenção, para amenizar o máximo possível o sofrimento dos moradores, tanto da área urbana, quanto da área ribeirinha de Manaus, que são atingidos pela cheia. Conforme as informações do monitoramento hidrológico este ano, devemos ter a quinta maior cheia do rio Negro, então vamos nos preparar, para que, em meio à pandemia de Covid-19, Manaus não sofra com um fenômeno natural, que ocorre anualmente”, observou David.

Nesta quinta-feira (6), o prefeito David Almeida decretou situação de emergência na capital, em virtude da possibilidade uma cheia histórica do rio Negro. Na última segunda-feira (4), o prefeito, em reunião com o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Alexandre Lucas Alves, em Brasília (DF), conseguiu apoio federal ao município, para atender as 8.474 mil famílias que serão afetadas pela subida do rio Negro.

 

*Com informações da assessoria