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Cidades

Governo do Amazonas prioriza trabalho de prevenção aos desastres naturais

Mais de 50 gestores das defesas civis dos municípios participaram do encontro (Foto: Valdo Leão)

O Governo do Amazonas, por meio da Defesa Civil, vai priorizar a prevenção dos municípios em relação aos desastres naturais que afetam anualmente a população do Estado. De acordo com dados atualizados da Defesa Civil do Amazonas, nove municípios atualmente estão em situação de alerta e dois em situação de atenção em relação à estiagem.

Na segunda-feira (16), no Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam), ocorreu a abertura da Oficina de Capacitação em Proteção e Defesa Civil, cujo objetivo é justamente orientar os mais de 50 gestores das defesas civis dos municípios participantes quanto às ações de prevenção e reposta aos desastres naturais característicos da região amazônica, visando 2018.

“A Defesa Civil do Estado vinha trabalhando muito como o braço da resposta aos desastres. Nesse evento estamos colocando um marco, onde pretendemos priorizar a prevenção e trabalhar um plano de contingência antecipado para que possamos preparar as equipes para atender da melhor forma às famílias afetadas pelos desastres, naturais ou não”, explicou o secretário da Defesa Civil do Estado, coronel Fernando Pires Júnior.

De acordo com o secretário, a preocupação atual do Estado é em relação ao período da estiagem. “Estamos em um período seco, o chamado verão amazônico. Isso traz alguns transtornos aos municípios afetados, com os níveis de água nas calhas mais baixos. Há uma preocupação com a trafegabilidade, o reabastecimento, assim com a manutenção dos serviços essenciais, de forma a não alterar o cotidiano das comunidades”, destacou o coronel Fernando Pires.

Fim da estiagem

Os municípios que estão em situação de atenção em relação à estiagem são Humaitá e Manicoré. Em situação de alerta estão Canutama, Boca do Acre, Lábrea, Pauini, Guajará, Ipixuna, Eirunepé, Itamarati e Envira. A esperança dos moradores desses municípios é o fim da estiagem, como explica o coordenador da Defesa Civil de Pauini, Francisco Furtado.

“O maior desafio é à distância em relação a capital. Em Pauini só se chega por via aérea ou fluvial. A seca dos rios tem afetado bastante o município. Os barcos não estão conseguindo chegar a Boca do Acre com os produtos alimentícios que nos abastecem”, explicou Francisco Furtado. “A enchente está chegando e o nível do rio já vai subir. Contamos com essa água que vem nesses próximos meses para que possamos sair dessa situação de alerta”.

Para o coordenador da Defesa Civil do município de Boca do Acre, Cesar Mariano, a capacitação oferecida pelo Governo do Estado é de fundamental importância para o trabalho das equipes do interior. “Essa capacitação será de grande importância. Devido ao nosso trabalho direto junto à população, precisamos saber a forma correta de como agir em situações de desastres”, destacou Cesar Mariano.

Enchente

Segundo o balanço atualizado da Defesa Civil do Estado, permanecem no prazo legal de situação de emergência, 27 municípios, dos 39 que decretaram em 2017. Foram legalmente afetadas pela enchente no Amazonas 36.350 famílias.

“Tivemos esse ano as duas situações: tanto a enchente quanto a estiagem. A enchente foi a que mais nos preocupou. As calhas que trouxeram problemas sociais foram as do Purus e do Juruá, onde tivemos 11 municípios em situação de emergência, mas esse período já passou”, explicou o secretário da Defesa Civil do Estado.

Com informações da assessoria

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