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Cidades

Energia solar irá levar água potável a comunidades indígenas de Maués

O projeto faz parte do programa de Saneamento integrado de Maués (Prosaimaués), coordenado pelo Governo do Amazonas, por meio da UGPE

Serão cinco poços tubulares que atenderão com água potável os povoados (Foto: Tiago Corrêa/UGPE)

Manaus/AM – Cinco comunidades indígenas da etnia Sateré Mawé, no município de Maués (a 253 quilômetros de Manaus), vão contar com melhorias no abastecimento de água potável, a partir da construção de um sistema movido a energia solar.

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A obra busca solucionar problemas de abastecimento de água potável em áreas rurais e nas comunidades indígenas da região, no período de seca, quando o nível da água dos rios baixa e acaba dificultando o abastecimento devido à distância e a qualidade da água com os níveis baixos do rio Maués Açu.

As comunidades indígenas beneficiadas são Monte Salém, Novo Belo Horizonte, Terra Nova, Boas Novas e Sagrada Família. A obra faz parte do Programa de Saneamento integrado de Maués (Prosaimaués), coordenado pelo Governo do Amazonas, por meio da Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE).

O programa já realizou a construção de oito poços no município nas comunidades indígenas de Santo Anjo, Livramento I, Livramento II, Nova Liberdade, Santa Izabel, Marau Novo, São Benedito e São Pedro, entre os anos de 2017 e 2018.

A estrutura do sistema de abastecimento de água será composta por cinco poços tubulares e um sistema de esgotamento sanitário ligado a um banheiro equipado com pias e torneiras distribuídas pela comunidade para facilitar a coleta dessa água potável.

O processo ocorre quando os raios solares incidem em uma placa fotovoltaica que transfere essa energia para uma bateria que vai distribuir a energia para o sistema de abastecimento de água.

A proposta da construção é proporcionar melhor qualidade de vida para comunidades longínquas da sede do município, garantindo abastecimento regular de água potável para que os indígenas e moradores dessas áreas possam ter acesso à água limpa durante o período de estiagem.

A sustentabilidade e durabilidade desse sistema de abastecimento de água potável foram os principais pilares na elaboração do projeto, conforme explica o coordenador da UGPE, Marcellus Campêlo.

“Essas comunidades poderão viver outra realidade após a conclusão dessas obras, pois ganharão qualidade de vida por meio do abastecimento de água potável. E o sistema de esgotamento que será implantado vai garantir uma saúde melhor para esses indígenas e moradores dessas comunidades rurais, evitando uma série de doenças decorrentes da falta de saneamento”, afirmou.

Sustentabilidade

O projeto de abastecimento de água será todo movido a energia solar, tendo uma energia sustentável e mais limpa no funcionamento dos poços. Os projetos anteriores se utilizavam de motores movidos a diesel, o que acabava criando um custo regular para o abastecimento dessas comunidades, assim como ainda iriam precisar vencer as barreiras da distância para a chegada do diesel, pois as comunidades estão situadas em locais distantes de Maués.

O subcoordenador de engenharia da UGPE, João Benaion, afirma que a execução desse projeto veio para vencer a dificuldade da distância. “Essas comunidades enfrentam muitas dificuldades na época da seca dos rios, pois as margens deles se tornam distantes. E o projeto vai também oferecer saneamento básico a essas comunidades, uma vez que elas terão um banheiro equipado com vaso sanitário, chuveiro e torneira com pia.

Sensibilização

O ProsaiMaués confeccionou uma cartilha educativa intitulada “Água é Vida”, com o objetivo de orientar os indígenas sobre como realizar o uso do sistema, assim como a manutenção dos mesmos, afim de que esses poços e a estrutura sanitária dos banheiros tenha uma utilização adequada prolongando sua vida útil.

*Com informações da assessoria