Manaus/AM – O programa Defensoria Itinerante, da Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE/AM), emitiu em três dias de atendimento às vítimas do incêndio no bairro Educandos, na zona sul de Manaus, 427 ofícios para cartórios ou para a corregedoria do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ/AM), solicitando a emissão de novas vias de registros de nascimento e carteira de identidade.
Um incêndio de grandes proporções, que teria iniciado após a explosão de uma botija de gás, atingiu aproximadamente 600 moradias no Educandos. Números divulgados pela Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), e pela Defesa Civil do Município, na última quarta-feira, registraram até a data o cadastro de 622 famílias atingidas pela tragédia.
O atendimento às vítimas do incêndio foi feito pela DPE/AM por meio do ônibus da Defensoria Itinerante. Durante três dias, defensores públicos se revezaram para prestar assistência às vítimas da tragédia. “Perdi tudo e todos os documentos”, lamentou Marízio Ferreira da Silva, 62, que foi atendido pela Defensoria.
Coordenadora do programa, a defensora Juliana Lopes ressaltou a importância da Defensoria Pública estar presente desde o primeiro dia após o incêndio no bairro Educandos. “Estivemos lá para mostrar aos moradores que apesar de tudo, eles não estão sozinhos. Continuaremos presentes e zelando por todos os interesses deles. Além dos ofícios, também prestamos informações sobre seus direitos e de que maneira o aluguel social funciona” afirma.
A ação inicial, segundo a defensora, foi essencial para resguardar o acesso dos moradores aos seus documentos pessoais, incluindo carteiras de identidade e certidões de nascimento.
“O primeiro passo para que os assistidos pudessem restaurar qualquer benefício que já possuíam ou para conseguir o aluguel social e demais documentos foi dado. Podemos também afirmar que, passado o momento emergencial, nós retornaremos ao Educandos com uma nova ação para atender os moradores da forma que eles estiverem necessitando, seja para dar entrada no aluguel social, ou até mesmo resolver alguma pendência jurídica cuja documentação foi perdida no incêndio” conclui.
*Com informações da assessoria