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Cidades

CPI que apura Águas de Manaus trava na CMM; população é prejudicada

De acordo com estudo do Procon-AM, a concessionária manteve índice de insatisfação e reclamações na cobrança indevida nas constas de água

Medidor de água (Foto: Alex Pazuello/Semcom)

Manaus (AM) – Dependendo apenas de duas assinaturas, a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra Águas de Manaus travou na Câmara Municipal de Manaus (CMM). A proposta legislativa visa investigar denúncias de irregularidades nos serviços prestados pela concessionária na capital amazonense. O requerimento aberto pontua sete problemas causados pela empresa.

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Entre os prejuízos que afeta o consumidor, estão os altos preços cobrados na taxa de esgoto de 100% em vários bairros de Manaus, sem que a coleta e tratamento de esgoto sejam devidamente prestados, além do serviço de fornecimento precário para a população e ausência de relatório de cumprimento de metas por parte da concessionária. 

O documento para investigação chegou ao conhecimento dos 41 vereadores, sendo assassinados apenas por Amom Mandel (sem partido), Caio André (PSC), Carpê Andrade (Republicanos), Daniel Vasconcelos (PSC), Elan Alencar (Pros), Ivo Neto (Patriotas), Raiff Matos (DC), Thaysa Lippy (Progressistas), Yomara Lins (PRTB), William Alemão (Cidadania), Yomara Lins (PRTB), Sassá da Construção Civil e Rodrigo Guedes. A proposta pede ainda que a Prefeitura de Manaus quebre o contrato com a empresa.

Em julho de 2021, o Instituto de Defesa do Consumidor do Programa Estadual de Proteção e Orientação do Consumidor (Procon-AM) divulgou que Águas de Manaus lidera  o número de reclamações nas cobras indevidas na conta de água. O estudo mostra que a concessionária só perde para Amazonas Energia, que liderou no primeiro semestre do ano passado o ranking de reclamações com valores excessivos na conta de energia.

O Portal Diário Manauara solicitou nota da concessionária e aguarda posicionamento a respeito da proposta parlamentar. 

Nota Águas de Manaus

A Águas de Manaus reforça que segue à disposição de todos os órgãos públicos para prestar informações sobre os sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário, que em apenas três anos e meio, já receberam mais de R$ 500 milhões em investimentos. A concessionária vem cumprindo integralmente as metas contratuais previstas para o período e mantém um diálogo constante com vereadores e demais órgãos fiscalizadores. Hoje, 98% da cidade têm acesso à água tratada, graças a ampliação do serviço em áreas vulneráveis, onde o abastecimento não chegava. Já o esgotamento sanitário foi ampliado para 26%, com meta de alcançar 45% da cidade até 2025. Nos próximos cinco anos, a concessionária deve investir mais R$ 1 bilhão na cidade.