Manaus (AM) – O uso do gás natural (GN) registra crescente participação no Amazonas. Indústrias, estabelecimentos comerciais e empreendimentos residenciais são os segmentos que apresentam maior expansão da demanda pelo combustível, fonte de energia mais limpa do que os demais combustíveis fósseis.
No primeiro trimestre deste ano, a Companhia de Gás do Amazonas (Cigás), concessionária do serviço público de distribuição de gás natural no estado, alcançou a marca de 5.326 unidades consumidoras contratadas. Até março do ano passado, eram 3.031 unidades – um crescimento de 75,7%.
Dentre as principais razões apontadas para o aumento da procura pelo insumo, destacam-se a economicidade e a disponibilização do combustível nas diversas zonas da cidade de Manaus. Conforme levantamento deste mês de abril, disponível no site da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), com base no cenário mercadológico local, o aproveitamento do insumo pode render economia de até 54% para as indústrias, se comparado com outros combustíveis. Atualmente, 52 empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) já usufruem do gás natural em seus processos fabris.
No caso de empreendimentos comerciais, como por exemplo restaurantes, academias, lavanderias e supermercados, a redução nos custos com os sistemas aquecimento de água, cocção de alimentos e, inclusive, climatização de ambientes a gás natural, atinge até 47%. Já as famílias que consomem GN em suas residências chegam a economizar 46%, segundo informações da ANP.
Vantagens adicionais
Outro benefício proporcionado pelo consumo do gás natural é o ambiental. A adesão ao GN, em Manaus, representou redução de 73% na poluição provocada pela queima de combustíveis líquidos e de 55% na emissão de gases de efeito estufa (metano e dióxido de carbono). Esses dados foram comprovados por meio de pesquisa produzida, há alguns anos, pela Green Ocean Amazon.
Também se deve destacar a mudança da matriz de geração de energia elétrica. Grande parcela da energia elétrica consumida em Manaus é produzida por usinas termelétricas movidas a gás natural, distribuído pela Cigás. No interior do estado, os municípios de Anamã, Anori, Caapiranga, Codajás e Coari contam com energia elétrica gerada a partir do GN.
“Como prestadora de serviço público, a Cigás está cada vez mais comprometida em ampliar as alternativas de consumo de gás natural para o maior número possível de usuários com tratamento isonômico e modicidade tarifária”, destaca o diretor-presidente da Cigás, René Levy Aguiar.
A Cigás projeta que, até 2025, os investimentos na infraestrutura de rede de distribuição de gás natural do Amazonas ultrapassem R$ 780 milhões e a companhia supere a marca de 21 mil unidades consumidoras.
Fonte: Secom