
(Foto: Reprodução/Twitter)
Um motorista de aplicativo foi preso por transportar uma passageira que carregava duas mochilas com drogas, do Rio a Juiz de Fora, Minas Gerais. José Adriano de Souza Lima, de 44 anos, é motorista da 99 desde 2019 e, segundo sua filha e o advogado da suspeita, não conhecia a passageira e nem sabia o que ela carregava nas bolsas.
A filha do trabalhador compartilhou a história nas redes sociais pedindo ajuda e luta para provar a inocência do pai que está preso desde o dia 18 de junho. O advogado da passageira confirma que a mochila era dela e que José não a conhecia e nem tinha ideia do que ela carregava, mas até o momento a mulher não explicou o fato para a polícia
Lorena Zampolli, filha de José Adriano, conta que o pai estava acostumado a pegar corridas longas e no dia 18 de junho, aceitou uma pelo aplicativo da 99, que iria para Juiz de Fora (MG). Na estrada, ele e a passageira Thairini Cristini foram parados pela Polícia Rodoviária Federal, que encontraram uma mochila com maconha e cocaína. Os dois foram encaminhados à delegacia. Após prestar depoimento e explicar que era inocente, o motorista foi levado a uma penitenciária de Juiz de Fora, onde permanece preso. A defesa de José pediu um habeas corpus liminar, mas foi negado pela Justiça de Minas Gerais.
“Ele está sendo tratado como um bandido dentro de um presídio, passando por toda uma humilhação, por um crime que ele não cometeu. O carro, que é meu, foi apreendido e está dentro do pátio e nem isso eu consigo fazer a retirada. Além de toda a humilhação, temos também inúmeros prejuízos financeiros. Meu pai vem colaborando com a justiça a todo momento”.
Em nota, a Polícia Civil de Minas Gerais diz que realizou a apuração e coletou todos os elementos na investigação que resultaram no indiciamento dos suspeitos pela prática de tráfico ilícito de drogas. Na época dos fatos, a prisão em flagrante dos envolvidos foi ratificada e ambos encaminhados ao sistema prisional. O Inquérito Policial foi relatado e remetido à Justiça.
A família de José conta que a 99, empresa para onde o motorista fazia as corridas, não está prestando nenhum tipo de auxílio: “Minha avó foi lá na sede da 99, dizem que tem uma equipe tratando disso mas eles nunca entraram em contato conosco ou com a advogada do meu pai, nem mesmo pediram o número do processo, eu estou vivendo um filme de terror”, disse a filha.
Em nota, a 99 afirmou que está colaborando com as autoridades: “A 99 lamenta profundamente o ocorrido com o motorista parceiro José Adriano de Souza Lima. Assim que tomamos conhecimento, imediatamente mobilizamos uma equipe responsável por compartilhar as informações necessárias. Porém, pela legislação vigente, o envio dados de usuários depende de prévia autorização das autoridades. Entramos proativamente em contato com a polícia e aguardamos essa etapa para seguir colaborando. Continuamos a postos para apoiar as investigações no que for necessário para que o caso seja esclarecido o mais breve possível” finalizou.