Leandro de Souza Pereira, 29, foi espancado até a morte, durante a madrugada desta sexta-feira (24), na Rua da Paz, Comunidade Santa Luzia, bairro Japiim, Zona Sul de Manaus. O crime foi praticado por, pelo menos, três pessoas ainda não identificadas.
De acordo com as informações da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), o crime ocorreu por volta das 2h. Leandro que era homossexual teve a casa invadida e, em seguida, arrastado para frente do imóvel, onde foi agredido com pauladas na cabeça e morreu no local.
À polícia, moradores informaram que uma briga por herança pode ter motivado a morte. O suspeito é o irmão mais velho de Leandro, conhecido apenas como ‘Dinho’, que seria o mandante do crime.
No local, os peritos criminais do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC) encontraram uma perna-manca com vestígios de sangue. A suspeita é que o pedaço de madeira tenha sido usado para matar Leandro, que teve afundamento de crânio. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), para exames de necropsia.
“Há quatro anos o pai deles morreu. O Dinho vendeu o imóvel e não repassou dinheiro para Leandro. Depois de passar um tempo morando na rua, Leandro moveu uma ação judicial para requerer a casa. Uma pessoa que comprou a residência morou ainda por dois anos, mas foi obrigada a deixar o local após interdição da Justiça. Depois disso, Leandro invadiu a casa e passou a morar há cerca de cinco meses. No fim deste mês de novembro, a última audiência estava marcada e Leandro comentava que seria beneficiado pela decisão da Justiça. Muitas pessoas aqui não gostavam dele porque era gaiato e gostava de arranjar confusão. A própria tia disse que o irmão seria capaz de matá-lo”, comentou uma vizinha que pediu para não ter o nome divulgado.
Conforme a DEHS, que investiga o assassinato, consta um Boletim de Ocorrência (BO) por ameaça contra Leandro, no fim do ano passado. Ele tinha ameaçado um vizinho com gargalo de garrafa. Mesmo com histórico envolvendo os vizinhos, não está descartado que o irmão como principal suspeito, já que ambos brigavam devido à venda do imóvel.