Após ter dado à luz a um menino na Maternidade Moura Tapajós, no bairro Compensa, Zona Oeste de Manaus, uma mulher, que não teve o nome revelado, foi violentada por dois funcionários durante o parto cesariano. O fato aconteceu no domingo (2), enquanto a paciente estava sedada. Ao tomar conhecimento, a direção da unidade afastou os servidores.
Segundo o denunciante, o marido da vítima, que preferiu manter o nome em sigilo, a equipe médica o convidou para assistir ao nascimento do filho. Após os procedimentos no centro cirúrgico, os dois funcionários entraram na sala conversando sobre futebol, mas logo mudaram de assunto, com assuntos obscenos sobre quem iria tocar na parte íntima da paciente.
“Os dois funcionários entraram na sala falando de futebol, sem notar a minha presença, mas logo começaram a discutir assuntos obscenos, tipo, quem iria palmar primeiro a paciente. Eles se aproveitaram de forma covarde e apertaram as partes íntimas da minha esposa, onde colocaram os dedos e, ao mesmo tempo se masturbavam”, disse o marido da vítima.
Após presenciar o fato, o marido questionou a dupla, que por sua vez ficaram assustados e saíram do local. Minutos depois, os funcionários retornaram para realizar a assepsia da paciente, procedimento necessário e de forma profissional.
O caso foi registrado na terça-feira (4), no 8º Distrito Integrado de Polícia (Dip), localizado no bairro Compensa. O delegado Demétrius de Queiroz, titular da unidade policial, informou que a direção da maternidade será comunicada para que identifique os responsáveis pelo estupro de vulnerável, já que a vítima estava inconsciente e sem chance de defesa.
“Assim que a direção da maternidade identificar os envolvidos, vamos intimar e colher os depoimentos. Caso seja confirmado o crime, iremos solicitar a prisão preventiva dos acusados, cuja pena pode variar de 8 a 15 anos de detenção”, explicou o delegado.
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), informou que os funcionários foram afastados e uma sindicância vai apurar as denúncias de estupro. Os funcionários terão o direito de defesa, mas caso seja comprovado o crime, ambos serão punidos.
A denúncia contra os funcionários aconteceu um dia após a Semsa anunciar curso de capacitação aos servidores para estimular a humanização do pré-natal, do parto e pós-parto na Maternidade Moura Tapajós.