Bruno Henrique é liberado pelo STJD para jogar (Foto: Adriano Fontes/Flamengo)
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) concedeu, neste sábado (13), efeito suspensivo ao atacante Bruno Henrique, do Flamengo. A decisão permite que o jogador atue até que ocorra um novo julgamento em segunda instância, no Pleno do tribunal, que ainda não tem data marcada. O atleta havia sido suspenso por 12 partidas, acusado de manipulação por forçar um cartão amarelo em 2023 para beneficiar apostadores.
Apesar da liberação, o atacante não viajou a Caxias do Sul para enfrentar o Juventude neste domingo. Segundo o clube, Bruno Henrique apresentou dores no treino da manhã, e a indefinição sobre sua situação jurídica levou a comissão técnica a poupá-lo. O foco do jogador agora é a partida contra o Estudiantes, pela Libertadores, na próxima quinta-feira.
Em nota oficial, o Flamengo destacou a importância da decisão:
“O Clube de Regatas do Flamengo informa que o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) deferiu o pedido de efeito suspensivo da decisão que havia aplicado 12 jogos de suspensão ao atleta Bruno Henrique. A medida, aguardada pelo Flamengo diante dos votos divergentes apresentados na 1ª Comissão Disciplinar — que acolheram a preliminar de prescrição — garante a plena condição de jogo do atacante até o julgamento do caso pelo Pleno do Tribunal. Dessa forma, Bruno Henrique está liberado para atuar normalmente pela equipe rubro-negra.”
O departamento jurídico do Flamengo e o advogado pessoal do jogador demonstram confiança em reverter a condenação. Em entrevista ao programa Seleção sportv, Michel Assef Filho, advogado do clube, defendeu que a punição foi exagerada:
“O Bruno Henrique já planejava tomar o terceiro cartão amarelo. O cartão amarelo não é atitude antiética, não é antidesportiva, faz parte da estratégia do jogo. O que aconteceu, quando muito, foi uma informação privilegiada. O artigo em que ele foi punido diz: ‘Atuar, de forma contrária à ética desportiva, com o fim de influenciar o resultado de partida, prova ou equivalente’. Não é o caso, porque ele queria tomar o cartão para ficar fora do jogo contra o Fortaleza e poder jogar contra o Palmeiras.”
O advogado ainda rebateu a acusação de manipulação, alegando que qualquer torcedor poderia prever a intenção do jogador:
“Esse tipo de ação é punida no Artigo 191, que trata de descumprimento de regulamento, e gera multa. Não há dispositivo no CBJD que sustente essa punição de 12 jogos.”
