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Menina morre ao ser atropelada por caçamba em Manaus

Criança de seis anos estava sozinha na rua; pais podem responder por abandono de incapaz

Menina morre ao ser atropelada por caçamba em Manaus

A menina havia saído sozinha de casa para comprar bombons (Foto: Divulgação)

Manaus (AM) – A pequena Maria Lívia, de apenas 6 anos, morreu tragicamente na manhã deste sábado (12), após ser atropelada por um caçamba na Rua T3, bairro Compensa, Zona oeste da capital amazonense. De acordo com relatos, a menina havia saído sozinha de casa para comprar bombons em um comércio nas proximidades.

O acidente aconteceu por volta das 9h30, quando a criança atravessava a rua e foi atingida por uma caçamba que fazia uma curva no momento. O motorista, Ricardo de Lima, entrou em estado de choque após o ocorrido e precisou ser socorrido por equipes médicas.

O Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC) e o Instituto Médico Legal (IML) foram acionados para realizar a perícia no local e remover o corpo da vítima. Maria Lívia era a terceira de quatro irmãos, sendo três meninas e um menino.

Ricardo de Lima, o motorista da caçamba, ficou em estado de choque (Foto: Divulgação)

Ricardo de Lima, o motorista da caçamba, ficou em estado de choque (Foto: Divulgação)

Esse caso levanta novamente o debate sobre a negligência na guarda de crianças pequenas, que não possuem autonomia ou maturidade para circular sozinhas em vias públicas. A situação é semelhante a outro episódio trágico ocorrido em Manaus, no qual uma criança foi atropelada por um caminhão de lixo enquanto ia sozinha comprar pão. Naquele caso, os pais foram responsabilizados criminalmente por abandono de incapaz.

Maria Lívia (Fotos: Divulgação)

Maria Lívia (Fotos: Divulgação)

Conforme o Art. 133 do Código Penal Brasileiro, o crime de abandono de incapaz se configura quando um responsável abandona pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, expondo-a a risco evidente. A pena prevista é de 6 meses a 3 anos de detenção, podendo ser aumentada em caso de morte.

Reflexão

Casos como o de Maria Lívia escancaram a necessidade de atenção redobrada com crianças em áreas urbanas, especialmente onde há circulação de veículos pesados. O acesso ao espaço público deve ser seguro, mas a responsabilidade direta por garantir a proteção dos menores ainda recai sobre os responsáveis legais.

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