Bolo contaminado com arsênio (Foto: Divulgação)
Torres (RS) – O caso do bolo contaminado com arsênio, servido durante uma reunião familiar, que resultou na morte de três pessoas e deixou outras quatro delas intoxicadas, teve reviravolta neste domingo (5). Uma mulher foi presa suspeita de envenenar a sobremesa no dia 24 de dezembro de 2024, em Torres, no litoral norte do Rio Grande do Sul.
As investigações da Polícia Civil apontaram para a nora de Zeli dos Anjos, de 60 anos. A suspeita que teve sua prisão temporária decretada pela Justiça gaúcha, tinha desavenças antigas com a sogra.
A mulher, que não teve o nome divulgado, pode responder por triplo homicídio duplamente e tripla tentativa de homicídio duplamente qualificada, crimes previstos no artigo 121, parágrafo 2º, inciso I, combinado com o artigo 14, inciso II, do Código Penal.
A Polícia Civil investiga ainda a participação de outras pessoas. Por ora, as investigações não identificaram indícios de disputas por herança ou conflitos familiares.
Os detalhes do caso serão repassados pela delegacia de Torres, cidade próxima da divisa do Rio Grande do Sul com Santa Catarina, durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (6).
Investigação
O inquérito policial já ouviu 15 pessoas e além disso, buscas foram conduzidas em propriedades de familiares localizadas em Canoas, Arroio do Sal e Torres.
A Polícia Civil também investiga possíveis contaminações cruzadas de alimentos. Amostras desses produtos, juntamente com materiais biológicos das vítimas, foram enviadas ao Centro de Informações Toxicológicas (CIT) em Porto Alegre.
Os laudos finais das perícias toxicológicas realizadas pelo Instituto-Geral de Perícias estão programados para a próxima semana e poderão ser cruciais para elucidar o caso.
Vítimas
Zeli, responsável pelo preparo do bolo, segue internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Já o menino de 10 anos, sobrinho-neto de Zeli, recebeu alta da ala pediátrica e está com familiares. Ele perdeu a mãe na tragédia familiar.
