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Política

‘Não existe bomba atômica sem urânio’, diz Plínio Valério

Senador amazonense diz que vai buscar todos os caminhos para impedir empresa chinesa de explorar urânio no Amazonas

‘Não existe bomba atômica sem urânio’, diz Plínio Valério

Plínio Valério, senador (Foto: Divulgação)

Manaus (AM)O senador amazonense Plínio Valério usou suas redes sociais nesta sexta-feira (29)  para compartilhar um vídeo em que afirma que vai buscar todos os caminhos para impedir a empresa chinesa China Nonferrous Trade (CNT) de explorar urânio no Amazonas. O parlamentar sustenta que a aquisição da reserva possui  potencial estratégico para a indústria bélica e usinas nucleares e ocorreu sem impedimentos.

Valério aponta uma suposta contradição na atuação do Ministério Público Federal (MPF) que não se manifestou contrariamente na aquisição chinesa como tem atuado em outros setores no Amazonas, como em explorações de gás natural e potássio.

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“Todos nós sabemos que a exploração do urânio é monopólio estatal e foi criada uma empresa para essa finalidade. O que me assusta é que o Ministério Público Federal não sabe, a Funai não sabe, o Ibama não sabe, e agora os chineses vão explorar urânio no Brasil. Não existe bomba atômica sem urânio”, afirma em vídeo.

A mineradora localizada no município de Presidente Figueiredo foi comprada por US$340 milhões, cerca de R$2 bilhões, pela CNT, uma subsidiária que pertence ao governo da China. A operação, firmada pela Minsur S.A – empresa peruana que controla a Taboca – foi comunicada em 26 de novembro ao governo do Amazonas.

De acordo com o senador, as primeiras contestações estão sendo feitas em ofícios aos procuradores do Ministério Público Federal (MPF, já que, pela constituição, a União tem o monopólio da exploração de urânio em solo brasileiro, através da Indústrias Nucleares Brasileira (INB).  Os ofícios serão encaminhados aos procuradores Fernando Merloto, Daniel Dalberto e Eduardo de Jesus e cobra explicação do porquê dessa operação quase secreta de duas empresas estrangeiras ferindo a soberania nacional, o MPF não teve o mesmo zelo que teve ao proibir a exploração de potássio em Autazes (AM) e gás em Silves(AM).