A guerra no Oriente Médio se intensifica. Israel deu prazo para que os palestinos deixem a cidade de Gaza. Mais de 2.800 pessoas já morreram no conflito.
O aviso foi emitido pelo exército israelense ontem à noite, 12 de outubro, pedindo que os moradores da cidade de Gaza deixem suas casas em direção ao sul em até 24h. O porta-voz do exército afirmou que a evacuação é para a própria segurança dos habitantes e recomendou que as pessoas só voltem quando o governo israelense permitir.
O comunicado da evacuação foi feito por meio de panfletos lançados do alto. Dezenas de tanques de guerra foram colocados por Israel na fronteira. Milhares de palestinos pegaram o que puderam e começaram a se dirigir para o sul de Gaza.
A ONU disse ter sido informada sobre a ordem de retirada, mas afirmou que é impossível movimentar as pessoas em tão pouco tempo. Cerca de um milhão de palestinos vivem nesta região.
Diante dessa situação, o secretário geral das Nações Unidas, Antônio Guterres, destacou hoje que é urgente a criação de um corredor humanitário para proteger os civis. Disse ainda que a guerra chegou a um nível de perigo ainda maior.
Nas movimentações diplomáticas, os Estados Unidos informaram que estão trabalhando com Israel e Egito para estabelecer uma rota de passagem segura para civis fora de Gaza. O governo egípcio também mantém discussões com os envolvidos no conflito para que haja uma trégua para fornecer ajuda a região.
Nesta manhã, o braço armado do Hamas divulgou em um comunicado que 13 reféns morreram em ataques israelenses a Gaza nas últimas 24h. Segundo o governo israelense, já foram confirmadas as identidades de 97 pessoas feitas reféns durante o ataque do Hamas, mas acredita-se que mais de 100 tenham sido levadas. Enquanto o conflito se intensifica, várias manifestações pró-palestina ocorreram pelo mundo. Em Washington, apoiadores de Israel se reuniram em um protesto.
Edição: Jacson Segundo / Alessandra Esteves