Odilon Vieira Mendonça, 32, morreu no HPS Dr. Platão Araújo (Foto: Divulgação)
Manaus (AM) – Mais uma vítima do ataque a tiros no bairro Jorge Teixeira, na Zona Leste da capital amazonense, não resistiu aos ferimentos na madrugada desta segunda-feira (23), aumentando para três o número de mortos. Odilon Vieira Mendonça, 32, estava internado no Hospital e Pronto-Socorro (HPS) Dr. Platão Araújo, na mesma zona.
Publicidade
Durante o atentado, Felipe Klesler Freitas da Costa, 30, vulgo “Mapará”, do Tchunay, morreu no local após ser atingido com seis tiros, sendo braços, costas e axila. Valcenir Oliveira da Silva, 27, conhecido como “Seninha”, responsável pelo time oriundo da comunidade Braga Mendes, na Zona Norte, morreu minutos depois no centro cirúrgico do HPS Dr. Platão Araújo.
Outras duas pessoas foram baleadas no atentado e passaram por cirurgias. André dos Santos Silva, 32, atingido no antebraço esquerdo e cóccix, recebeu alta médica. Já Lucas Ribeiro Lopes, 25, alvejado na lombar, ainda permanecia hospitalizado sem previsão de alta.
Crime
Felipe Klesler foi morto com seis tiros (Foto: Josemar Antunes)
O crime ocorreu na tarde de domingo (22), na rua 5, no Campo do Teixeirão, durante a disputa de pênaltis entre os times amadores Tchunay FC e Guarani FC, respectivamente, bancados pela facções criminosas Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV). O duelo pelo Campeonato Peladão estava sendo transmitido pelas redes sociais, quando três homens chegaram efetuando vários tiros.
A motivação do atentado teria ocorrido em decorrência de uma briga no segundo tempo de jogo, iniciada por jogadores do Tchuny – Valcenir e “Pato”. Um traficante da área ao sair em defesa dos jogadores do Guarani FC, acabou levando um soco no rosto.
Perfis
O levantamento policial aponta que Felipe era o alvo dos pistoleiros e já tinha sofrido dois atentados na comunidade Monte Sião, no bairro Jorge Teixeira, na Zona Leste de Manaus. Ele possuía passagens pelos crimes de tráfico de drogas, homicídios e porte ilegal de arma de fogo.
A polícia identificou que Felipe antes de migrar para o PCC estabelecia comunicação com o narcotraficante Kaio Wuellington Cardoso dos Santos, o “Mano Kaio”, líder CV-AM, e “Pesadelo”, um dos braços da facção. Os faccionados são procurados pela Justiça amazonense e estariam escondidos no Rio de Janeiro.
A investigação preliminar também aponta que Valcenir mantinha contatos com Felipe Batista Ribeiro, o “Anjinho”, um dos líderes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Atualmente, as facções criminosas, respectivamente, carioca e paulista, brigam por territórios do tráfico de drogas, eliminam rivais e desafiam as forças de segurança do Estado.
O atentado que resultou na morte de três pessoas é investigado pela equipe da Delegacia Especializada de Homicídios e Sequestros (DEHS). Até o momento, dois atiradores já foram identificados. Qualquer informação sobre o caso pode ser repassada ao número (92) 98118-9535, disque-denúncia da DEHS, ou pelo 181, da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM). O sigilo é garantido.
