Deputado Marcelo Ramos (Foto: Divulgação)
Manaus (AM) – O deputado federal Marcelo Ramos (PL) se tornou integrante da oposição contra a instalação do voto auditável defendida pelo presidente Jair Bolsonaro e a base governista no Congresso Nacional. A decisão veio à tona ainda no último domingo (18), quando deputado e presidente trocavam farpas pela aprovação da chamada “LDO do Fundão”.
O parlamentar e o presidente trocaram fardas pela rede social (Foto: Reprodução / Twitter)
“Quero agradecer aos minions que estão divulgando que eu sou contra o Voto Impresso. Obrigado. Eu sou contra mesmo! Com a mais absoluta convicção não só de que nunca houver indício sério de fraude, como de que esse turma só quer tumultuar a eleição porque estão com medo de perder”, declarou.
Ramos vinha sustentando que não tinha nada contra o voto impresso, poderia ser usado até para comprovar derrotas questionadas à tribunais eleitorais. O vice-presidente da Casa se aloca como Centro, a colisão entre ele e o presidente representa a falta de simpatizantes que a pauta tem no Congresso.
Manobra da base
A votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) sobre a obrigatoriedade ao voto impresso teve sua sessão adiada pelo relator, o deputado federal Felipe Barros (PSL-PR) na última sexta-feira (16). Apesar de parecer recuo, a manobra é estratégica tendo em vista que a base governista tem ciência de que se a PEC for até o pleno irá cair por falta de votantes.
Sem domínio do Centro, a direita bolsonarista jogou a votação para agosto, até lá uma movimentação de entusiastas do voto auditável deve estremecer dentro e fora do Congresso Nacional. Caso haja aprovação da PEC, outro desafio da base será correr no tempo para o mérito da matéria ser votado até meados de outubro para só então entrar em atividade em 2022.
