
Brasil iniciou uma campanha nacional de vacinação contra o sarampo e contra a poliomielite (Foto: Antônio Lacerda/EFE)
O Brasil já registrou 1.100 casos de sarampo em 2018, a maioria deles concentrados nos estados do Amazonas e de Roraima, segundo informaram hoje (8) fontes oficiais.
De acordo com o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde do país, nas últimas duas semanas se confirmaram 278 casos novos da doença.
Até 6 de agosto haviam sido constatados 788 casos no Amazonas e 281 Roraima, estados do norte do país que fazem fronteira com a Venezuela, assim como outros casos isolados em São Paulo (1), o Rio de Janeiro (14), Rio Grande do Sul (13), Rondônia (1) e Pará (2).
As autoridades sanitárias confirmaram a morte de cinco pessoas pela doença – quatro em Roraima, das quais três vítimas eram estrangeiras, e uma no Amazonas -, enquanto 5.629 casos permanecem em observação.
Segundo a pasta de saúde, todos os casos estão relacionados com a importação do vírus da Venezuela, já que se comprovou que o vírus que circula este ano no Brasil (D8) é o mesmo que o do país vizinho.
Uma das recomendações das entidades de saúde é para que os adultos que não foram imunizados contra o sarampo recebam a vacina, principalmente os que residirem nos lugares onde há focos da doença. As pessoas que já foram vacinadas não necessitam repetir o procedimento.
Após o aumento do número de casos registrados no país nos últimos meses, o Brasil começou nesta semana uma campanha nacional de vacinação contra o sarampo e contra a poliomielite.
Segundo o Ministério, entre 2013 e 2015, o Brasil apresentou focos de pacientes provenientes de outros países, quando se registraram 1.310 casos de sarampo, a maioria nos estados de Pernambuco e Ceará.
A doença pode causar graves problemas de saúde, como pneumonia, cegueira, inflamação do cérebro e inclusive a morte.
Em 2016 o Brasil recebeu da Organização Pan-americana da Saúde (OPS) o certificado de eliminação da circulação do vírus. Segundo a OPS, até que o vírus seja erradicado no mundo todo, sempre existe o risco que um país ou continente registre casos importados.
Fonte: EFE